17 de dez. de 2010

Palavras ao vento

Por incrível que possa parecer, hoje me deu vontade de aparecer por aqui novamente. 

Depois de dois anos longe, impressionante o que amigos são capazes de fazer. 
Nem vou escrever muito, provavelmente ninguém vai perder tempo lendo isso aqui, mas mesmo assim, como escrevi um tempo atrás, em um local que eu já nem lembro mais qual é, as vezes é bom para uma jornalista (mesmo que essa não trabalhe na área), escrever e usar um pouco de português. 
Sem abreviações, sem erros de português (ou quase isso). Só escrever por escrever. 

Sem pautas prontas, sem prazo a cumprir, com garantias de que o editor não vai cortar toda a sua matéria no último minuto.

Claro que mesmo sem assunto, ou pauta, é preciso pensar duas vezes antes de dizer o que realmente se quer. É assim que as coisas funcionam afinal de contas. Você pode dizer o que quiser, aonde quiser, mas vai precisar pagar as contas depois por causa disso. O dono do Wicklicis, eu ainda não consegui realmente entender o que foi que aconteceu com o cara, mas pelo jeito ele mexeu com os brios americanos.
E apesar dos ianques acreditarem que podem mexer e se intrometer com todo mundo (literalmente falando), ninguém pode mexer no lixo dos caras.
Enfim...

É por isso que eu estou aqui hoje, pelo simples fato de sentir saudades de escrever.
Sobre o tudo e sobre o nada, e pode ser que eu só volte aqui daqui a dois anos novamente, mas exercitarei mais o lado jornalista de ser da Fernanda. Sim, apesar dos amigos ainda me chamarem de Nanda e Nandinha quando querem muito alguma coisa, estou me vendo cada vez mais como a Fernanda. 
Ainda não sei muito bem que ela é, mas algumas coisas começam a se delinear no horizonte.
Não estão claras como eu gostaria, mas é assim que as coisas são, é preciso ter paciência, chegar sempre no horário, procurar chegar mais perto, um pouco de cada vez, então, quem sabe, as coisas realmente aconteçam como deve ser. 
Afinal, pode ser sempre um elefante, um chapéu de caubói, ou mesmo um simples farol.

4 de dez. de 2008

O VERDADEIRO MISTÉRIO DAS CANETAS BIC


Acredito que sempre que pensamos em "caneta", temos uma imagem projetada em nossa mente, a qual diz respeito às famosas canetas BIC. Esta marca de canetas, que investe pouquíssimo em propaganda, fixou uma imagem muito forte diante a tantas outras marcas e modelos.

Você já se perguntou como isso aconteceu? Certamente responderá que, por esta ser uma caneta barata, simples e de fácil acesso, tornou-se "convencional" o seu uso no dia-a-dia, desde a escola até a empresa onde trabalha.

Pois bem, a resposta não é assim tão simples! Documentos secretos encontrados no final do ano de 2001 indicam um envolvimento direto da NASA com a BIC. Também foram encontrados documentos oficiais da NASA, onde estavam registrados estudos sobre uma possível invasão de sondas extraterrestres no Planeta Terra. Acredite ou não, estamos sendo vigiados há anos sem percepção alguma.

De fato conclui-se que as canetas BIC são sem sombra de dúvida sondas extraterrestres que nos inspecionam diariamente, desde nossa infância até hoje, em casa, na escola, na universidade, nos hospitais, no trabalho, em tudo. Certamente você está exposto a uma caneta BIC neste exato momento.

Olhe ao seu lado, dificilmente num raio de 15 metros não haverá uma sonda. Agora pense comigo: Ao nascer você é registrado com uma caneta, ao entrar para escola/universidade também, tudo que você escreve, desde estudos até cartas de amor é escrito com uma caneta, ou seja, estes seres que nos observam sabem de absolutamente TUDO sobre TODOS.

O verdadeiro significado da marca BIC é: Big Inspekto Center (ou Centro de Grandes Inspeções). No logotipo da BIC notamos um alien tentando esconder atrás dele seu maior segredo: uma caneta que pode contar toda a história de todos os tempos (simbolizado pelo traço preto atrás do alien).

Vejamos agora algumas dicas que nos levam a propor esta idéia: - As canetas BIC são facilmente encontradas para serem vendidas, porém depois que você já a possui, ela sempre aparece em diferentes locais e você nunca se questiona se realmente havia deixado onde encontrou.- Dificilmente você. compra uma BIC mas sempre tem uma. Porém, mesmo que você compre apenas uma caneta BIC, certamente encontrará várias no local onde a deixar.

Elas se multiplicam rapidamente, sem ser perceptível a nós, dotados de uma visão banal para a visão alienígena.- Após poucos meses, a caneta que você havia comprado, simplesmente desaparece. Isso é facilmente decifrável se pensarmos da seguinte maneira: tudo necessita de energia para sobreviver (o homem, o carro, as plantas, sua TV); e ao acabar esta energia, ela precisa ser reposta. Assim, as sondas BIC têm um período de vida curto, visto que quando se encontram gastas, elas simplesmente se desintegram para uma possível recarga.

A mensagem que quero deixar é que você tenha muito cuidado ao se deparar com estas canetas-sondas, principalmente com as sondas mais avançadas, vulgarmente chamadas de BIC 4 cores, BIC 2 cores ou mesmo a tão temida e perigosa BIC VERDE!

Esta última jamais deve ser colocada (presa) em sua orelha, pois além de enviar dados e informações sobre você para os alienígenas consegue influenciar de maneira drástica sua forma de pensar, tornando-o um escravo a serviço alienígena.

Torno a repetir: Cuidado com a manipulação alien! Já estamos todos envolvidos nisso. Tentar qualquer forma de fuga ou apatia não é aconselhável. Saiba lidar com elas! Desta forma acredito que não mais estaremos expostos a uma ideologia alien, e poderemos defender o que realmente pertence a nós: o Planeta Terra!

22 de set. de 2008

Notícias do REC

A oficina para os diretores que competiram na quarta edição do festival REC, não aconteceu. Segundo Rodrigo Rossoni, um dos organizadores do festival, os próprios diretores não quiseram participar. “Muitos deles vieram de fora e queriam conhecer a cidade e descansar da viagem”, disse. A idéia era fazer um vídeo com uma produção coletiva, reunindo diretores de várias partes do Brasil. “Nós queríamos fazer um vídeo verdadeiramente brasileiro”, alega André Felix, um dos idealizadores do festival REC. Por fim, quem participou da oficina foram os alunos do projovem. Eles fizeram um vídeo-documentário, exibido no último dia do festival (29).
Fernanda Soares e Paolla Souza

15 de jun. de 2008

Coluna Master

A passagem da Tocha Olímpica

A Tocha Olímpica ou Fogo Olímpico remete a um mito antigo grego, aonde Prometeu roubou o fogo de Zeus para dá-lo aos mortais. Durante os jogos olímpicos da Antiguidade em Olímpia era mantido um fogo aceso enquanto durassem as competições.


Na Antiguidade, o fogo era sagrado para muitos povos, por isso, na Grécia, era comum que o fogo fosse mantido aceso de maneira permanente. Em algumas cerimônias sagradas em que se ofereciam sacrifício aos deuses, de maneira mais especifica, a Zeus, os sacerdotes acendiam uma tocha e o atleta que vencesse uma corrida até ao local onde se encontravam os sacerdotes teria o privilégio de transportar a tocha para acender o altar do sacrifício. O fogo era então mantido aceso durante os Jogos como homenagem a Zeus.


No ano de 1928, em Amsterdã, na construção do estádio olímpico, o arquiteto responsável desenhou uma pira e teve a idéia de acender um fogo nela. Na cerimônia de abertura, um empregado da empresa de eletricidade acendeu a tocha na cidade de Olímpia, e até hoje ela permanece acesa. Mas foi nas Olimpíadas de 1936, em Berlim em que pela primeira vez houve um revezamento de atletas desde o antigo templo de Hera em Olímpia, Grécia, até o estádio olímpico de Berlim, onde o fogo esteve aceso, mantendo as tradições da Antiguidade.


Tradicionalmente, o fogo é sempre aceso no antigo templo de Hestia alguns meses antes do inicio dos jogos e daí transportado pelos atletas por diferentes países até o país que será sede das competições.


A tradição se manteve com atletas transportando a Tocha, mas, algumas vezes essa tradição foi quebrada, quer por necessidade ou peculiaridades do percurso. Para a Olimpíada de Pequim que começam em julho de 2008 o percurso já começou e vários atletas já tiveram a honra de fazer parte dele. Mas, mesmo para as Olimpíadas, nem tudo são flores.


O mundo esteve ligado nas últimas semanas, na mais nova guerra civil e que na verdade já se prolonga há quase cinqüenta anos. O povo tibetano já luta pela mesma causa, sua Independência, há um longo tempo, mas ultimamente, como a luta é contra o país sede das próximas Olimpíadas, a mídia parece ter mais atenção para aquela parte do mundo e pode ver de mais perto, ou não tão perto assim, já que as imagens são cedidas pela TV estatal da China, o que está acontecendo. Monges, crianças, mulheres, homens, jovens e velhos, lutando por uma coisa que muitos de nós já temos: Independência.


Por causa disso, a Tocha Olímpica nunca teve tantos problemas e atrasos em seu caminho pelo mundo quanto agora. Em alguns lugares, como França e Londres, outros meios de transporte para a Tocha foram necessários no quantidade de manifestantes, pró Tibet e a favor da China pelo caminho. Na Argentina, a polícia precisou separar os manifestantes para que não gerassem conflitos entre os manifestantes de ambos os lados.


Mas será que a quantidade de manifestações que acontecem pelo percurso da Tocha, todas as aparições de presidentes, primeiros ministros e primeiras damas surtirá algum efeito nos governantes chineses e dará ao povo do Tibet a independência tão almejada por eles? Ou essa será mais uma situação de violência que depois que as Olimpíadas passarem cairá no ostracismo como a do Iraque ou será tão comum como a de Israel, que as pessoas mudarão o canal na hora do telejornal?


Eu gostaria de poder responder e dizer que a Tocha Olímpica trará benefícios para os tibetanos como trazia para os gregos, mas, infelizmente, “o que será do amanhã” só os deuses podem responder.

A Vida como ela É...

Vai deixar saudades

Morreu na quinta-feira dia 10 de abril, o baterista da banda Mahnimal, Queiroz.

A banda estava em turnê por São Paulo e segundo o vocalista da banda, Alexandre Lima, Queiroz havia reclamado de dores no peito após um dos shows.

A banda que dividia um quarto no Casa Clube Hotel Bar, encontrou Manoel Carlos Dutra Queiroz morto em sua cama pela manhã.

Ele deixou duas filhas e esposa.

Ainda não se sabe se a banda vai continuar.

Sofrimento e decepção

JK Rowling, aclamada autora da série que lhe rendeu milhões em direitos autorais, Harry Potter, esta se sentindo traída pelos fãs.

Mais especificamente pelo fã Steven Vander Ark, que recentemente tentou lançar uma enciclopédia sobre a série.

Jo Rowling depôs no dia 14 de abril para a corte americana e afirmou que a enciclopédia além de conter vários erros de todos os tipos, ainda está roubando 17 anos de puro trabalho. Durante três horas de testemunho a autora conteve lágrimas enquanto afirmava que a luta não era pelo dinheiro da indenização.

Tentativa de ajuda

A modelo internacional Naomi Campbell esteve no Rio de Janeiro, na terça-feira, dia 15 de abril, tentando fazer sua parte no combate a dengue.

A modelo que está de passagem pelo Brasil não pode fazer sua parte de doar sangue porque acabou de passar por uma cirurgia para a retirada de um cisto no ovário.

Segundo Naomi, ela não sabia das regras para a doação que incluem não usar drogas e não ter uma vida sexual intensa, ela completou dizendo que voltará dentro de 6 meses (tempo pré-estabelecido para nova doação depois de uma cirurgia) para doar o sangue.

Feliz Aniversário

O Internacional, clube de futebol do Rio Grande do Sul, comemorou no dia 4 de abril, mais um ano de vida do clube e do estádio.

O clube comemorou 99 anos de existência e 39 de Beira Rio (estádio do clube) com um jantar de gala e apresentação para a modernização do estádio já prevendo o centenário no ano que vem e a provável Copa do Mundo de 2014.

A previsão do clube é que o número de sócios que hoje chega a 60 mil, chega a 100 mil na comemoração do ano que vem.

Nem só de guerra é que se vive

O exército de Poços de Caldas está arrecadando alimentos para as famílias carentes e entidades assistenciais.

A arrecadação será feita até o dia 18 de abril, pelos 200 atiradores e é feita em comemoração ao “Dia do Exército” onde os alimentos serão mostrados e na semana seguinte, de 22 a 26 de abril, os atiradores e soldados irão preparar as cestas básicas para fazer a doação. Essa é uma iniciativa que a maioria dos Tiros de Guerra fazem na semana anterior ao dia do exército numa forma de mostrar empenho e dedicação com os necessitados. O ano passado o Tiro de Guerra ajudou 3 entidades e 20 mil famílias, esse ano pretendente-se dobrar esse número.

Nem só de guerra é que se vive

O exército de Poços de Caldas está arrecadando alimentos para as famílias carentes e entidades assistenciais.

A arrecadação será feita até o dia 18 de abril, pelos 200 atiradores e é feita em comemoração ao “Dia do Exército” onde os alimentos serão mostrados e na semana seguinte, de 22 a 26 de abril, os atiradores e soldados irão preparar as cestas básicas para fazer a doação. Essa é uma iniciativa que a maioria dos Tiros de Guerra fazem na semana anterior ao dia do exército numa forma de mostrar empenho e dedicação com os necessitados. O ano passado o Tiro de Guerra ajudou 3 entidades e 20 mil famílias, esse ano pretendente-se dobrar esse número.

11 de abr. de 2008

Avenida Paulista


Fernanda Soares
A Avenida Paulista é o orgulho de todo paulistano que se preze, pelo menos é o que eles costumam afirmar em conversas (sejam elas de bar ou de msn mesmo) como é o caso das conversas que eu tenho com os paulistas amigos meus.
Ela tem a fama de não parar nunca, e sempre estar engarrafada. No passado foi moradia dos grandes senhores cafeeiros, com suas mansões em estilo eclético e longe dos centros mais movimentados da cidade. Algumas das famílias mais influentes do Brasil moraram na Paulista, e é provavelmente por isso, que hoje, ela continua sendo o grande centro gerador de riquezas de São Paulo e por conseqüência, do Brasil.
Estive na Paulista há alguns meses, mais precisamente no mês de janeiro de 2008 para encontrar amigos. Amigos que eu conheci na internet. Alguns desses amigos são moradores de Sampa mesmo, e como bons moradores locais, não sabiam como andar pela cidade. Optamos pelo mais fácil para não nos perdermos e fomos conhecer a Paulista a pé. Vocês podem dizer que andar 2,8 quilômetros não é muita coisa ou podem pensar que é. Cada um é um certo, vou deixar que você pense o que você quiser pensar.
Mas o certo é que para quem estava de salto plataforma (como eu e algumas das amigas) ou mesmo de tênis depois de algum tempo se cansaria e muito de andar, ainda mais na Paulista, onde não se tem muita coisa para ver em uma sexta-feira à tarde, quase noite já. Certo?
Errado!
Começamos lá na Consolação (onde estava o nosso hotel), e fomos brincando pelo caminho. Passamos em frente ao Masp, fizemos algumas fotos no jardim que fica embaixo do museu, e nem ao menos tentamos entrar, pois achávamos que já estava fechado (o detalhe é que o museu só fecha na segunda-feira, detalhe que só saberíamos bem depois).
A tarde estava muito agradável e alguns dos amigos e amigas que estavam ali, são mais que fãs dos Beatles, são verdadeiros seguidores eternos. Então, aproveitamos que o sinal ficou vermelho para os carros, e pronto, a capa do cd dos Beatles – talvez a mais famosa – Abbey Road, o disco número 12, estava registrada por nós. Quatro amigos atravessando a rua, em uma faixa de pedestres. Ou quase feita, já que o Vini resolveu olhar para a câmera. Mas relevamos, a alegria da Tainá (a mais betleamaníaca de todos) fez com que cantássemos – literalmente – a vitória de ter conseguido essa foto na Paulista.
Continuamos o nosso caminho em direção ao nada e ao tudo e encontramos um saxofonista, bem ao estilo “filmes de sessão da tarde” tocando Djavan. Ficamos ali ouvindo e ele atendia nossos pedidos um atrás do outro, desde o hino do Corinthians (pedido do Toni, um Corinthianista mais que roxo e então, namorado) até novamente Beatles. E para quem achou um fato estranho conseguirmos fazer a foto, não vai acreditar no que aconteceu quando o saxofonista tocou Yesterday. Mais uma vez eles, fizeram a Paulista parar. O silêncio foi total na Avenida. Os sinais estavam todos verdes, os carros estavam livres para irem e virem, e eles silenciaram. Naquele momento o mundo parou de girar, para testemunhar o bando de amigos loucos e eternamente unidos por aquele momento, que foi, mágico e eterno em nossos corações. Mas a tarde ainda não tinha acabado.
Continuamos o nosso caminho e encontramos um jardim, com letras espalhadas com as iniciais dos nomes de alguns de nós ou de nossos queridos amigos que não puderam estar ali conosco. Depois de um quase book com todo o alfabeto, arrastarmos a Tainá para continuarmos andando, vimos a ultima das mansões do século XIX, hoje uma lembrança tombada pelo patrimônio histórico. O percurso acabou em um shopping na avenida seguinte à Paulista.
Depois de horas ali na praça de alimentação nos divertindo e contando histórias resolvemos voltar para o hotel. O percurso tinha sido tão rápido que resolvemos voltar do mesmo jeito que tínhamos ido, caminhando.
Levamos aproximadamente duas horas e meia para percorrer toda a Paulista na ida, e o mesmo tempo para a volta. Que foi tão divertido quanto antes, com alguns acréscimos: turistas desavisados tirando fotos de monumentos que não tinham nada de monumentos, como a torre de rádio toda colorida – apelidada carinhosamente de Gay Tower por causa das cores –, paradas em frente as placas do metro para tirar fotos, simplesmente porque tinha o nome de Brigadeiro, e eu como boa chocólatra não poderia perder a oportunidade ou ser carregada no colo, enquanto me fingia de muito cansada para continuar andando.
Quer saber? O criador da Paulista devia ser algum tipo de mágico ou bruxo, que quando criou a Avenida lançou um feitiço sobre ela, onde verdadeiros e eternos amigos sentiriam que ela ficava menor e maior a cada passo. Menor por ser muito rápido o percurso e maior pelo fato das ótimas histórias que aconteciam a cada passo, e que algumas das melhores histórias, aquelas que merecem ser contadas aos netos aconteceriam ali. Eu só tenho que agradecer ao senhor Joaquim Efigênio de Lima, por ter criado essa maravilha paulista.

Vitória, 03 de abril de 2008.

Caro companheiro,

Tenho acompanhado o mais que posso sobre as suas atitudes e tomadas de decisão sobre o presente e o futuro do nosso país. Concordo que o mais que posso, não é muito, afinal são infinidades de coisas para se fazer durante o dia, e nem sempre ler e ver o jornal é uma das minhas prioridades. Mas, enfim, tenho me perguntado o porquê de com menos de quatro meses de diferença sua aceitação subiu tão rápido entre o povo. Principalmente entre aqueles que têm um maior poder aquisitivo.

Me pergunto, se isso aconteceu pela alta da bolsa e queda do dólar ou pela quantidade de investimentos que estão acontecendo nos diferentes campos de trabalho no Brasil – petróleo, maior número de empregos – mas, sabe, não me leve a mal, mas essas questões não me afetam tanto.

A seca no Nordeste continua seca. É, eu sei, você não tem poder de fazer chover. Mas ainda acho muito difícil um presidente ter aceitação de 73% da população brasileira. Se o Norte do Brasil ainda sofre com a degradação ambiental, o Nordeste com a seca, e agora a transposição do nosso querido Velho Chico, que gerou tanta controvérsia entre a população.

Agora me veio uma coisa na memória. Será que a aceitação se deve ao fato da mídia parar de anunciar as porcarias (com o perdão da expressão), que andam acontecendo ai na terra do João de Santo Cristo e que influenciam o nosso país como um todo? Porque me é impossível de crer que as coisas pararam de acontecer de uma hora para a outra. Em um instante CPI’s pipocam por todo lado, no momento seguinte elas desaparecem sem anunciar resultados positivos ou negativos.

E aí, seu nível de aceitação sobe feito um foguete.

Sabe, eu me filiei ao seu partido antes de todas as crises começarem. E apesar de sempre ter sonhado com um país onde as notícias fossem sempre boas, eu estou decepcionada hoje. Por mais motivos que posso colocar nesta carta, mas o principal, é que você parece querer esconder do povo as coisas ruins que acontecem por ai. Como um pai zeloso que não quer que os filhos saibam das dividas que a família enfrenta. E não permite que os filhos cresçam.

Tenho medo do futuro em que você não estará presente para conversar e mediar os problemas com os vizinhos ou as dividas dos seus antecessores.

Vou te deixar pensar por hoje.

Bons sonhos e vou tentar não ter pesadelos.

Fernanda Soares